sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

E se um raio atingir uma aeronave me movimento?!




Para responder a pergunta eu recorro ao texto de um excelente blog que eu descobri no Google. O link para a postagem é o: http://www.avioesemusicas.com/aviacao/raios/.  
"O link abaixo é de um vídeo que, numa dose de muita sorte, mostra o momento que um Jumbo 747 é atingido por um raio na decolagem.
 http://www.youtube.com/watch?v=5IRfbC0RHsY
Mas o que acontece no avião quando ele é atingido desta maneira?
Bem, geralmente não acontece nada de significativo, tirando o susto que a tripulação e os passageiros passam. Os equipamentos e a estrutura da aeronave raramente são afetados de uma maneira que possa comprometer a segurança do voo.
Todas as partes de um avião são “aterradas” (ligadas umas as outras através de um cabo condutor, comomostrei anteriormente neste post) justamente para conduzir a eletricidade uniformemente através de tudo.
Mas e daí, o que tem a ver o raio com todas as partes “coladas” umas nas outras?
Bem, aí entra um pouco de física. Simplísticamente falando, quando uma corrente elétrica atravessa um corpo metálico, a corrente passa somente na parte externa deste corpo. Pense em um cabo elétrico bem grosso e oco, passando milhares de volts nele, agora coloque um ratinho andando dentro deste tubo oco e saiba que a corrente não vai atingi-lo, pois passa somente por fora do tubo (grosso modo). Esse é o princípio da  Gaiola de Faraday.
Pois bem, depois de saber disso, perceba que o lugar mais seguro para estar em uma tempestade de raios é justamente dentro de um avião…ou de seu carro.
Mas apesar disso tudo, as vezes podem ocorrer cancelamentos de voos após um “lightning strike”, caso seja encontrado pela manutenção danos além do permitido pelo manual de manutenção.
Quando um piloto reporta que seu avião foi atingido por um raio, nós da manutenção fazemos uma inspeção específica afim de encontrar possíveis danos causados em determinadas áreas (geralmente as extremidades que é por onde o raio tende a “escapar” e a fuselagem como um todo). O que encontramos geralmente são alguns rebites atingidos, descarregadores de estática danificados, pintura “em forma de flocos”, etc.
Para ter uma idéia do que pode ser encontrado pela manutenção, eis uma imagem de um dano na fuselagem de um avião por raio:
lightning strike
O circulo amarelo a direita mostra uma “cabeça” de rebite quase derretida pelo calor gerado pelo raio e outros três pontos na “pele” da fuselagem. Esses danos são bem comuns em caso de raios e não impedem que a aeronave continue a voar sem problemas até que possa parar para fazer os reparos (geralmente controlado pelo número de horas voadas). Porém, caso a manutenção encontre mais do que “X” cabeças de rebite atingidas em uma fileira de “Y” rebites (quem define isso é o manual do fabricante), então o reparo tem que ser feito antes do próximo voo com passageiros. É sempre muito ruim para o pessoal da manutenção ter que cancelar um voo por um problema tão “simples” (e os passageiros nem sempre entendem um cancelamento), mas nós somos responsáveis pela segurança de todos que vão embarcar, e jamais “liberamos” um avião para voo fora dos limites do Manual de Manutenção. Um sono tranquilo depois de ter feito o trabalho bem feito e com segurança vale todas as reclamações que serão feitas depois pelos passageiros.
Se você quiser realmente se aprofundar no estudo dos efeitos de raios em aviões eu sugiro este link :http://www.sae.org/aeromag/features/aircraftlightning/"

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